Olorun !!!!

Olorun !!!!
ORAÇÃO À OLORUM "Olorum, meu Deus, criador de tudo e de todos. Poderoso é o vosso nome e grandiosa e vossa misericórdia. Em nome de Oxalá, recorro a vós nesse momento, para pedir-lhe a benção durante meu caminhar rumo a vossa Vontade. Que Vossa Divina Luz incida sobre tudo que criaste. Com Vossas mãos retirem todo mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam em meu caminhar. Que as forças negativas que me abatem e que me entristecem, se desfaçam ao sopro de Vossas bênçãos. Que o Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem meu progresso rumo a Tua verdade. E que Vossas virtudes penetrem e meu espírito dando-me paz, saúde e prosperidade. Abra Senhor os meus caminhos, que meus passos sejam dirigidos por Vós para que não tropece em minha caminhada. Assim seja! Salve Olorum!” "Olorum”, ou “Olodumaré”, ou Zambi, é o criador do Universo, é o próprio princípio criador em eterno movimento, fonte de tudo o que somos e de tudo o que nossos sentidos possam perceber. Se quisermos encontrar Olorum, temos que procurá-lo primeiramente em nós mesmos, Ele é o princípio que rege tudo e todos, é infinito em suas perfeições, é eterno, imutável, imaterial e único. É todo poderoso porque é único, e é sobre tudo, soberanamente justo e bom. Para acreditar em Deus, Olorum, basta o homem lançar os olhos sobre as obras de sua criação. Duvidar de sua existência seria negar que todo efeito tivesse uma causa, e admitir que o nada possa fazer alguma coisa. Deus, Olorum, não é uma força ordenada pelo homem, muito pelo contrário, por mais sábio que seja o homem, uma religião, ou a própria humanidade, jamais conseguirá penetrar em seus mistérios. Esse “saber”, seus mistérios ou qualquer que seja o nome que lhes dê: Jeová, Alá, Brahama, Zambi, pouco significa perante o criador, são apenas formas diferentes para expressar a mesma coisa. Quando adquirimos conhecimentos a respeito dos muitos meios que Olorum se utiliza para comunicar-se conosco, vamos em busca de Sabedoria, esta que nos revela seus mistérios ocultos e sagrados, e quando nos tornamos sábios, procuramos nos guiar pela Razão ou pelo Raciocínio, este que nos ensina a usar o que a Sabedoria nos revelou: seus mistérios divinos, sua força ativa e sua razão de ser. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, este equilíbrio nos diz o que é certo e o que é errado na vida, e é isso que faz com que aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da Lei, se sacrifiquem em beneficio de seu semelhante, sem nada esperar em troca, e quando alguém se torna um “equilibrador” de seus semelhantes, baseado sempre na Caridade pura, que é a Lei maior ensinada pelo Mestre Jesus ou “Oxalá” , como nós o chamamos, é porque descobriu o verdadeiro sentido da vida, adquirindo uma fé indestrutível no criador, Olorum. Essa Fé nos faz perceber a grandeza da força de Olorum, nos faz também transbordar em Amor, e quando amamos a nós mesmos como obras de Olorum, conseguimos amar e respeitar a vida de nossos semelhantes e a natureza como a nossa própria vida, percebendo assim nas coisas mais simples a essência do criador, vendo que uma simples pedra não é menos importante que uma montanha, pois tudo é obra de Deus, Olorum. Poderíamos falar Muito mais a respeito de Olorum, mas ainda não estamos preparados para conhecermos todos os seus mistérios, por isso é que devemos buscar cada vez mais nos esclarecer e nos elevar moralmente para que no seu devido tempo, possamos ter o merecimento de obter todas as respostas a respeito de Olorum, Deus, o criador de tudo e de todos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

QUAIS SÃO OS ORIXÁS!

PRIMEIRO PAR:OXALÁ é cristalino, rege a fé e flui passivamente, não forçando ninguém a vivenciar a fé, pois, só havendo a aceitação do fiel, sua fé será uma firmeza a toda prova. Já OIÁ, seu polo oposto, pune todos quantos se afastarem da fé. Por isso, ela é a mais temida senhora dos "eguns", ou espíritos caídos no sentido da fé. SEGUNDO PAR:OXUM-yê é mineral e rege a concepção. É ativa e energiza os seres estimulando-os a se unirem, pois, só assim, as concepções acontecem. A energia mineral pura é estimuladora do magnetismo que torna o macho e a fêmea atraentes um para o outro. Já OXUMARÉ é visto como o "arco-íris", pois, ele apassiva as energias de OXUM-yê e as conduz para o alto (cabeça) mentalizando todo o potencial conceptivo e transformando a natureza íntima do ser, que se torna um protetor da concepção, ou seja, ele é o equilibrador das energias sexuais descontroladas. TERCEIRO PAR:OXOSSI-yê é vegetal e rege o conhecimento. É ativo e estimula os seres a buscá-lo (caçador) onde for possível encontrá-lo.Já OBÁ é passiva e pólo atrativo, pois, fixa ou paralisa os seres num determinado ponto, quando já absorveram muitos conhecimentos necessários para que se esclareça a "fome" exata a capacidade de cada ser. QUARTO PAR:XANGÔ-yê é ígneo e rege a Justiça. É passivo, pois, a justiça tem que ser perene e imutável nos seus julgamentos. Ela não pode ter dois pesos ou duas medidas.Já IANSÃ é ativa e atua no sentido de estimular os seres a se movimentarem noutra direção, se a justiça os paralisou quando estavam se conduzindo de forma errada. QUINTO PAR:OGUM-yê é aéreo, rege a Lei e é passivo. A Lei não puni ninguém, apenas paralisa quem estiver agindo de forma contrária aos seus princípios: equilíbrio e harmonia em todos os sentidos. Já EGUNITÁ, seu pólo oposto dentro do Ritual de UMBANDA SAGRADA, é ativa, pois, movimenta o fogo que purifica os sentidos destrói os acúmulos energéticos negativos que estão estimulando um ser a agir "fora da Lei "SEXTO PAR:OBALUAYÊ é telúrico e rege a evolução. É ativo, pois, estimula os seres a evoluir, a superar seus estágios e níveis concienciais , buscando no saber os meios necessários para que isso se faça. Já NANÃ é feminina e passiva, pois, simbolizada pelo "lago", decanta os seres que estão sobrecarregados de "negativismos". As águas dos rios revoltas por natureza, tem que desembocar num lago ou mangue onde, aquietando-se momentaneamente, se decantam de todas as impurezas incorporadas no seu fluir contínuo, deixando que em seu fundo, venham a se depositar. Só assim decantadas, as águas serão palatáveis. Mas, numa outra interpretação, encontramos NANÃ como um mistério Divino, que atua nos espíritos que serão conduzidos ao reencarne, mas, que ainda se encontram muito "negativos"Ela é o mistério NANÃ, paralisa momentaneamente esses negativismos para que o reencarne seja possível. Aqui um parênteses: OXUM estimula a concepção, NANÃ decanta os espíritos que serão concebidos, e YEMANJÁ sustenta a maternidade ou geração da vida. Elas, as Yabás, são mistérios em si mesmas e as encontramos, cada uma delas, na linha das águas (GERAÇÃO), cuidando de uma etapa do processo reencarnatório. SÉTIMO PAR:YEMANJÁ, aquática por natureza, rege a geração, e sustenta todas as manifestações de VIDA em todos os níveis. Já seu pólo oposto, que é seu par energo-magnético, é simbolizado pela "MORTE", pois OMULÚ atua justamente nos "momentos" do ser em que se encontra paralisado na "VIDA", ou "MORTO" em vida. Encontramos OMULÚ no campo santo (cemitério), pois, mais simbólico que este não existe: É o campo da MORTE!!! Devemos meditar muito acerca das naturezas que animam dois pólos de uma só linha de força, pois, se no alto (topo) está YEMANJÁ regendo a geração, no "em baixo" está OMULÚ regendo os seres que se afastaram da "VIDA" e estão vibrando sentimentos "mórbidos".Pólo oposto significa exatamente isso: o oposto!!!!!!!!!YEMANJÁ é amada como a mãe generosa e OMULÚ é temido como o pai rigoroso. São dois pólos de uma mesma linha de força irradiada pelo ORIXÁ essencial (linha) que sustenta a "geração" e está assentado na coroa regente planetária como uma das sete manifestações essenciais do DIVINO CRIADOR. Obs.: Sei que existem muito mais que 14 nomes de ORIXÁS, pois, alguns dos ORIXÁS Maiores são conhecidos por outros nomes, por exemplo: OXALÁ, também é conhecido como ORIXALÁ, OBATALÁ, OXAGUIÃ e OXALUFÃ (dizem ser Oxalá novo e velho, talvez orixás intermediários, não tenho opinião formada).OBALUAYÊ, também é conhecido como XAPANAM! A mesma coisa acontece com Cosme e Damião os ORIXÁS gêmeos IBEJÍ que atuam na mesma faixa vibratória dos ERÊS (crianças), IBEJÍ em verdade, não é um ORIXÁ maior e sim um Gênio da Natureza (ou ORIXÁ Menor se preferirem) que rege as dimensões elementais puras (tão pura como uma criança) e que, por sua vez, intermedia para todas as sete linhas e quatorze ORIXÁS.Aí, a grande confusão desta frente de trabalho tão fechada em seus mistérios, a "linha" das crianças, enquanto que algumas são erês (crianças que já encarnaram) outras são ibejis (elementais da natureza que ainda não se desenvolveram o suficiente para entrar no ciclo reencarnatório) tão puros como puros são os quatro elementos: Água, Terra, Fogo e Ar. Guardiães dos pontos de força do reino elementar, são conselheiros e curadores por trabalharem com irradiações muito fortes e puras na sua origem; não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu desenrolar, vão trabalhando com seu elemento de ação sobre os consulentes modificando e equilibrando a sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.Voltando aos nomes dos ORIXÁS temos também como um gênio da natureza OSSAIM que é considerado o ORIXÁ da cura por ser Guardião do AXÉ das ervas, ou seja, todas as curas feitas através das ervas tem sustentação e amparo de OSSAIM mesmo que a pessoa desconheça tal gênio ou o conheça por outro nome. Mesmo nós da Tenda dos "Eternos Aprendizes do Amor e da Fé em Oxalá", que não somos diferentes de ninguém, muito menos dos irmãos de Fé em Oxalá das outras Tendas, já fizemos muitas confusões citadas e outras como unir OMULÚ e OBALUAYÊ num único ORIXÁ e confundi-los (o que é normal de acontecer uma vez que os dois atuam no mesmo campo santo), ou mesmo a colocação de OXUM como cabocla de YEMANJÁ, esperamos que haja maior esclarecimento quanto aos ORIXÁS para todos nós e mesmo para uma unificação do movimento UMBANDISTA.Que Oxalá abençoe a todos!!!SARAVÁ UMBANDA!!!!!

SOU UMBANDA!

UMBANDA QUEM ÉS? SOU A FUGA PARA ALGUNS, A CORAGEM PARA OUTROS. SOU O TAMBOR QUE ECOA NOS TERREIROS, TRAZENDO O SOM DAS SELVAS E DAS SENZALAS. SOU O CÂNTICO QUE CHAMA AO CONVÍVIO SERES DE OUTROS PLANOS.SOU A SENZALA DO PRETO VELHO, A OCARA DO BUGRE, A CERIMÔNIA DO PAJÉ, A ENCRUZILHADA DO EXU, O JARDIM DA IBEIJADA, O NIRVANA DO HINDU E O CÉU DOS ORIXÁS. SOU O CAFÉ AMARGO E O CACHIMBO DO PRETO VELHO, O CHARUTO DO CABOCLO E DO EXU,O CIGARRO DA POMBA-GIRA E O DOCE DO IBEJI. SOU A GARGALHADA DA PADILHA, O REQUEBRO DA CIGANA, A SERIEDADE DO SR: MARABÔ. SOU O SORRISO E A MEIGUICE DE MARIA CONGA E JUREMA, A TRAQUINADA DOS ERES A SABEDORIA DE TUPINANBA. SOU O FLUÍDO QUE SE DESPRENDE DAS MÃOS DO MÉDIUM LEVANDO A SAÚDE E A PAZ. SOU O ISOLAMENTO DOS ORIENTAIS ONDE O MANTRA SE MISTURA AO PERFUME SUAVE DO INCENSO. SOU O TEMPLO DOS SINCEROS E O TEATRO DOS ATORES. SOU LIVRE. NÃO TENHO PAPAS. SOU DETERMINADA E FORTE. MINHAS FORÇAS? ELAS ESTÃO NO HOMEM QUE SOFRE E QUE CLAMA POR PIEDADE, POR AMOR, POR CARIDADE. MINHAS FORÇAS ESTÃO NAS ENTIDADES ESPIRITUAIS QUE ME UTILIZAM PARA SEU CRESCIMENTO, ESTÃO NOS ELEMENTOS, NA ÁGUA, NA TERRA, NO FOGO E NO AR;NA PEMBA, NA TUIA, NA MANDALA, NO PONTO RISCADO. ESTÃO FINALMENTE NA TUA CRENÇA, NA TUA FÉ, QUE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE NA MINHA ALQUIMIA. MINHAS FORÇAS ESTÃO EM TI, NO TEU INTERIOR, LÁ NO FUNDO NA ÚLTIMA PARTÍCULA DA TUA MENTE, ONDE TE LIGAS AO CRIADOR. QUEM SOU? SOU A HUMILDADE, MAS CRESÇO QUANDO COMBATIDA. SOU A PRECE, A MAGIA, O ENSINAMENTO MILENAR, SOU CULTURA.SOU O MISTÉRIO, O SEGREDO, SOU O AMOR E A ESPERANÇA. SOU A CURA. SOU DE TI. SOU DE DEUS. SOU UMBANDA. SÓ ISSO. SOU UMBANDA. YALORIXÁ KATIA D'OXUM

HISTÓRIA DE UMBANDA! WIKIPÉDIA LIVRE


História e sincretismo
As raízes da Umbanda são difusas. Existem diversas ramificações onde podemos encontrar influências indígenas (Umbanda de Caboclo), Africanas (Umbandomblé, Umbanda traçada) e diversas outras de cunho esotérico (Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática). Existe também a "Umbanda popular", onde encontraremos um pouco de cada coisa ou um cadinho de cada ancestralidade, onde o sincretismo (associação de santos católicos aos orixás africanos) é muito comum.
Não existe uma fonte única que reflita a origem da Umbanda. Cada vertente tem as suas origens e história. Mais recentemente, na
década de 1970, aceitou-se que Zélio Fernandino de Moraes teria sido o anunciador da Umbanda através do Caboclo das Sete Encruzilhadas (1908) em determinados moldes, fazendo com que ela pudesse ser institucionalizada como religião. Porém, o trabalho dos guias (pretos velhos, caboclos, crianças, exus, etc.) é bem anterior a Zélio.
Mantém-se na Umbanda o sincretismo religioso com o catolicismo e os seus santos, assim como no antigo Candomblé dos escravos, por uma questão de tradição, pois antigamente fazia-se necessário como uma forma de tornar aceito o culto afro-brasileiro sem que fosse visto como algo estranho e desconhecido, e, portanto, perseguido e combatido.
Há discordância sobre as cores votivas de cada orixá conforme o local do Brasil e a tradição seguida por seus seguidores. Da mesma forma quanto ao Santo sincretizado a cada orixá.
Alguns exemplos:
Ogum - São Jorge OU Santo Antonio na bahia;
Oxóssi - São Sebastião;
Xangô - São Jerônimo,São João Batista, São Miguel Arcanjo
Iemanjá - Nossa Senhora dos Navegantes;
Oxum - Nossa Senhora da Conceição;
Iansã - Santa Bárbara;
Omolu - São Roque;
Obá - Santa Rita de Cássia,Santa Joana d'Arc
Obaluaê - São Lázaro;
Nanã - Sant'Anna;
Egunitá - Santa Sara Kali,
Oxalá - Divino Jesus Cristo, o Ser Cristalino.

Os fundamentos
Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique.
Existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles:
A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Olorum ou Zambi;
A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes;
O culto aos orixás como manifestações divinas, em que cada orixá controla e se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades e construções de vida e sobrevivência;
A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns ou "cavalos";
O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas;
Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro;
A crença na imortalidade da alma;
A crença na reencarnação e nas leis cármicas;

Um Deus único e superior
Deus, em sua benevolência e em sua força emana de si e através dos orixás e dos guias (espíritos desencarnados) seu amor, auxiliando os homens em sua caminhada para a elevação espiritual e intelectual.

Os Orixás
Na Umbanda os Orixás são energias, forças da natureza que estão presentes em todos os lugares, influenciando as pessoas e irradiando energias que mantém o equilíbrio natural dos elementos em relação ao universo.
Uma interpretação mais objetiva coloca os orixás como espíritos que progrediram muito espiritualmente, não necessitando mais do processo reencarnatório, e que para darem continuidade no seu progresso espiritual possuem como missão organizar e orientar uma rede de espíritos com menos progresso espiritual do que eles, ajudando-os a progredirem espiritualmente.
Cada pessoa está ligada a um desses orixás e suas características são encontradas em seus filhos, seja na forma física ou, mais evidente, nas características psicológicas e comportamentais a qual a pessoa está relacionada.
Os elementos nos quais se manifestam os orixás cultuados na umbanda são:
Oxalá Onipresente, Ogum estradas e campinas, Oxóssi nas matas, Xangô pedreiras, Oxum cachoeiras, Iansã ventos e tempestades, Iemanjá no mar, Obaluaê na terra, Nanã nas águas paradas e da lama dos fundos dos rios e lagos, além da água das chuvas.

Sincretismo
Indígeno, africano, católico, espírita, outras.
A Umbanda é uma junção de elementos africanos (orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros
Africanos), Espiritismo(fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual etc).
A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza a diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.
A máxima dentro da Umbanda é "Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade,
caridade e fé".

O culto umbandista
A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização do culto aos orixás e dos seus guias, que na Umbanda se denominam giras.
O chefe do culto no Centro é o Sacerdote ou Sacerdotisa (pode ser Babá, Zelador, Dirigiente, Diretor(a) de culto, Mestre(a), sempre dependendo da forma escolhida por cada casa). São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do terreiro. São quem coordenam as sessões/giras e que irão incorporar o guia-chefe, que comandará a espiritualidade e a materialidade durante os trabalhos.
Vale lembrar que o termo pai-de-santo ou mãe-de-santo não deve ser aplicado na religião de Umbanda, pois estes termos são oriundos do Candomblé, que é uma religião diferente da Umbanda.
Como uma religião espiritualista, a ligação entre os encarnados e os desencarnados se faz por meio dos médiuns. Na Umbanda existem várias classes de médiuns, de acordo com o tipo de mediunidade. Normalmente há os médiuns de incorporação, que irão "emprestar" seus corpos para os guias e para os orixás.
Há também os atabaqueiros, que transmitem a vibração da espiritualidade superior por via dos atabaques, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, sendo muitas vezes responsáveis pela harmonia da gira. Há os Corimbas, que são os que comandam os cânticos e as cambonas que são encarregadas de atender as entidades, provisionando todo o material necessário para a realização dos trabalhos.
Embora caiba ao sacerdote ou à sacerdotisa responsável o comando vibratório do rito, grande importância é dada à cooperação, ao trabalho coletivo de toda a corrente mediúnica.
Segundo a Umbanda, as entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser divididas entre:
Guias e protetores:
Linhas de direita: Falangeiros dos orixás,
pretos-velhos, caboclos, boiadeiros, mineiros, crianças, marinheiros, ciganos, baianos, orientais.
Linhas de esquerda: Povo de rua (espíritos guardiões):
exus e malandros.

As sessões
O culto nos terreiros é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta, e essas, são subdivididas em giras.
Nas sessões de consulta, onde comumente podemos encontrar Pretos-Velhos, Caboclos, Ciganos... As pessoas conversam com as entidades a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e para resolver problemas espirituais diversos.
As ocorrências mais comuns nessas sessões são o "passe" e o
descarrego.
No
passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar.
O descarrego é feito com o auxílio de um médium, o qual irá captar a energia negativa da pessoa e a transferir para os assentamentos ou fundamentos do terreiro que contém elementos dissipadores dessas energias. Também a entidade faz com que essa energia seja deslocada para o astral. Caso seja um obsessor, o espírito obsediador é retirado e encaminhado para tratamento ou para um lugar mais adequado no astral inferior caso ele não aceite a luz que lhe é dada. Nesses casos pode ser necessária a presença de um ou mais Exus (um gênero de espírito desencarnado) para auxiliar a desobsessão.
Os dias de Consulta e/ou Desenvolvimento podem variar de casa para casa, de Linha Doutrinária para Linha Doutrinária. Nos dias de consulta há o atendimento da assistência e nos dias de desenvolvimento há as giras médiunicas, que são fechadas à assistência, onde os sacerdotes educam e ensinam os mecanismos próprios da mediunidade.

Médiuns
Médium é toda pessoa que, segundo a Doutrina Espírita, que tem a capacidade de se comunicar com entidades desencarnadas ou espíritos, seja pela mecânica da incorporação, pela vidência (ver), pela audiência (ouvir) ou pela psicografia (escrever movido pelos espíritos).
A Umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade, sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da Umbanda, respeitar os guias e orixás; ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a Umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no terreiro.
Uma das regras básicas da umbanda é que a mediunidade não deve ser vista ou vivenciada vaidosamente como um dom ou poder maior concedido ao médium, segundo os umbandistas, mas sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada para resgate kármico e expiação de faltas pregressas antes mesmo da pessoa reencarnar. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou como uma forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.
Existe médiuns que acabam distorcendo o verdadeiro papel que lhes foi dado e se envaidecem, agindo de forma leviana em suas vidas. O médium deve tangir sua vida como sendo um mensageiro de Deus, dos orixás e guias. Ter um comportamento moral e profissional dignos, ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estejam na mesma faixa vibracional que eles. Por isso, desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e regido através de um profundo estudo da religião, e seguido por conceitos morais e éticos. Ser orientado e iniciado por uma casa que pratica o bem é essencial.
As pessoas que são médiuns devem levar sempre a sério sua missão, ter muito amor e dar valor ao que fazem, tendo sempre boa-vontade nos trabalhos de seu terreiro e na vida diária.
O médium deve tomar, sempre que necessário, os banhos de descarrego adequados aos seus orixás e guias, estar pontualmente no terreiro com sua roupa sempre limpa, conversar sempre com o chefe espiritual do terreiro quando estiver com alguma dúvida, problema espiritual ou material.
Sobre o estudo da mediunidade e do médium, pode-se utilizar como fonte para estudos a relação que existe abaixo, no item "Literatura Umbandista". Alguns terreiros utilizam-se das obras Espíritas (codificadas por Allan Kardec), mas a maioria segue as orientações da literatura umbandista que é prolífica nas discussões teóricas e nas orientações práticas. Há livros umbandistas a partir da
década de 1930