Olorun !!!!

Olorun !!!!
ORAÇÃO À OLORUM "Olorum, meu Deus, criador de tudo e de todos. Poderoso é o vosso nome e grandiosa e vossa misericórdia. Em nome de Oxalá, recorro a vós nesse momento, para pedir-lhe a benção durante meu caminhar rumo a vossa Vontade. Que Vossa Divina Luz incida sobre tudo que criaste. Com Vossas mãos retirem todo mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam em meu caminhar. Que as forças negativas que me abatem e que me entristecem, se desfaçam ao sopro de Vossas bênçãos. Que o Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem meu progresso rumo a Tua verdade. E que Vossas virtudes penetrem e meu espírito dando-me paz, saúde e prosperidade. Abra Senhor os meus caminhos, que meus passos sejam dirigidos por Vós para que não tropece em minha caminhada. Assim seja! Salve Olorum!” "Olorum”, ou “Olodumaré”, ou Zambi, é o criador do Universo, é o próprio princípio criador em eterno movimento, fonte de tudo o que somos e de tudo o que nossos sentidos possam perceber. Se quisermos encontrar Olorum, temos que procurá-lo primeiramente em nós mesmos, Ele é o princípio que rege tudo e todos, é infinito em suas perfeições, é eterno, imutável, imaterial e único. É todo poderoso porque é único, e é sobre tudo, soberanamente justo e bom. Para acreditar em Deus, Olorum, basta o homem lançar os olhos sobre as obras de sua criação. Duvidar de sua existência seria negar que todo efeito tivesse uma causa, e admitir que o nada possa fazer alguma coisa. Deus, Olorum, não é uma força ordenada pelo homem, muito pelo contrário, por mais sábio que seja o homem, uma religião, ou a própria humanidade, jamais conseguirá penetrar em seus mistérios. Esse “saber”, seus mistérios ou qualquer que seja o nome que lhes dê: Jeová, Alá, Brahama, Zambi, pouco significa perante o criador, são apenas formas diferentes para expressar a mesma coisa. Quando adquirimos conhecimentos a respeito dos muitos meios que Olorum se utiliza para comunicar-se conosco, vamos em busca de Sabedoria, esta que nos revela seus mistérios ocultos e sagrados, e quando nos tornamos sábios, procuramos nos guiar pela Razão ou pelo Raciocínio, este que nos ensina a usar o que a Sabedoria nos revelou: seus mistérios divinos, sua força ativa e sua razão de ser. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, este equilíbrio nos diz o que é certo e o que é errado na vida, e é isso que faz com que aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da Lei, se sacrifiquem em beneficio de seu semelhante, sem nada esperar em troca, e quando alguém se torna um “equilibrador” de seus semelhantes, baseado sempre na Caridade pura, que é a Lei maior ensinada pelo Mestre Jesus ou “Oxalá” , como nós o chamamos, é porque descobriu o verdadeiro sentido da vida, adquirindo uma fé indestrutível no criador, Olorum. Essa Fé nos faz perceber a grandeza da força de Olorum, nos faz também transbordar em Amor, e quando amamos a nós mesmos como obras de Olorum, conseguimos amar e respeitar a vida de nossos semelhantes e a natureza como a nossa própria vida, percebendo assim nas coisas mais simples a essência do criador, vendo que uma simples pedra não é menos importante que uma montanha, pois tudo é obra de Deus, Olorum. Poderíamos falar Muito mais a respeito de Olorum, mas ainda não estamos preparados para conhecermos todos os seus mistérios, por isso é que devemos buscar cada vez mais nos esclarecer e nos elevar moralmente para que no seu devido tempo, possamos ter o merecimento de obter todas as respostas a respeito de Olorum, Deus, o criador de tudo e de todos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FILOSOFIA CIGANA!!!!!

Os Sete Preceitos Ciganos
-FELICIDADE Um campo aberto, um luar, um violão, uma fogueira, o canto do sabiá e a magia de uma cigana a Bailar. ORGULHO É saber que nunca participamos de guerras e nunca nos armamos para matar nossos semelhantes e Irmãos. Somos os menestréis da paz.-AMOR Amar é vivermos em comunidade, é repartir o pão, nossas alegrias e até nossas aflições.-LEALDADE É não abandonar nossos irmãos quando mais precisamde nós. É nunca negar o ombro amigo, a mão forte e o incentivo à vida.-RIQUEZA É termos o suficiente para seguirmos pela estrada da vida.-NOBREZA É fazermos de cada humilhação um incentivo ao perdão.-HUMILDADE É não importar-se em ser súdito ou nobre, importar-se apenas em saber servir.

OS CIGANOS NA ESPIRITUALIDADE. Os espíritos ciganos atuam dentro daUmbanda onde possuem um ritual específico e diferenciado das demais entidades. São espíritos de luz, portanto devem ser diferenciados dos exus ciganos e pomba-gira ciganas. Seus rituais são alegres, festivos, onde são utilizadas flores, frutas, velas coloridas. Possuem o dom da magia e costumam trabalhar com diversos oráculos. Preferem músicas ao som dos atabaques, habituando-se a beber licores, fumar cigarros aromatizados, comerem carne assada, frutas e doces. As ciganas gostam de roupas coloridas, anéis e pulseiras douradas, pandeiros com fitas coloridas. Os homens geralmente usam botas, calças, camisas e coletes, também com cores chamativas. Não gostam muito da cor preta e a evitam. YALORIXÁ KATIA D'OXUM


MAGIAS E ENCANTAMENTOS CIGANOS!!!!

MAGIAS CIGANAS
A Lua, Xanutú, para os ciganos é a Guardiã dos Mistérios deste povo. Chamada carinhosamente de Madrinha, a Lua exerce sobre este povo um poder mágico fascinante. Assim, todas as suas magias e encantamentos são feitos respeitando a fase da Lua. Faça você também as magias ciganas e realize todos os seus desejos.

Para conquistar um grande amor

Ingredientes

7 maçãs vermelhas
7 rosas vermelhas
1m de fita vermelha
1 vidrinho de mel
2 taças transparentes
1 faquinha amolada
2 velas douradas
12 velas brancas comuns

Magia

Numa noite de Lua Cheia, faça um grande círculo com as 12 velas e acenda-as. No centro do círculo, parta as maçãs no sentido horizontal. Escreva nas metades inferiores, o nome da pessoa que você deseja encantar ou atrair e na outra o seu próprio nome. Junte as metades usando um pouco de mel em cada uma delas. Faça um coração com as quatorze maçãs. Sobre cada uma das maçãs coloque uma rosa, sem o cabo e os espinhos. Coloque vinho nas taças e faça com a fita um laço unindo as duas taças.
Acenda as duas velas douradas e peça à Xanutú, a Lua, que lhe traga o coração da pessoa amada.

PARA AFASTAR O OLHO GRANDE DE SUA CASA

Ingredientes
3 figas de turmalina negra ou de madeira de azeviche
3 moedas antigas furadas
3 pedaços grandes de fita azul turquesa, verde esmeralda e vermelho
1 vela verde, uma azul e uma vermelha
1 incenso de cânfora ou de limpeza espiritual

Magia
Na Lua Minguante, lave as moedas e as figas e passe-as na fumaça do incenso. Junte os três pedaços de fita e daça três nós em uma das pontas. Faça uma trança e amarre em cada uma das pontas as moedas antigas. Acenda as três velas e com elas forme um triângulo, em torno delas arrume a trança em forma de círculo. Faça uma oração pedindo ao santo de sua proteção e aos santos ciganos que protejam sua casa contra a inveja e o mau-olhado. Termine dizendo: “Assim como o fogo consome estas velas, assim também será consumido todo o mau-olhado contra mim e minha casa (ou meus negócios)”. Quando as velas acabarem, coloque a trança atrás da porta ou ao lado dela.

PARA TER PROSPERIDADE

Ingredientes
Meio quilo de arroz com casca
Meio quilo de sementes de girassol
12 moedas douradas antigas
12 folhas de louro
12 pedacinhos de canela em pau
Magia

Numa noite de Lua Crescente, junte todos os ingredientes numa tigela e vá a um local de onde pode se avistar a Lua. Misture tudo muito bem. Aos poucos, vá jogando esta mistura sobre você, dizendo à Lua: “ Lua, minha madrinha, tantas são as suas faces, tantos são os meus caminhos. Guia meus passos pelas estradas da fartura, do sucesso, da beleza e da prosperidade.” Leve a tigela para casa e guarde-a.

PARA ATRAIR CLIENTES

Ingredientes
6 moedas douradas
6 moedas prateadas
6 moedas cor de cobre
1 ímã do tamanho de uma moeda grande
1 quilo de arroz
10 folhas de louro verde
10 hastes de trigo
1 tigela de louça branca

Magia
Na Lua Nova, coloque na travessa o arroz e arrume sobre ele as moedas, formando círculos. Cuide para que os números fiquem para cima. No centro das moedas, coloque o ímã. Em volta da tigela, coloque as folhas de louro e as hastes de trigo. Erga a tigela em direção à Lua Nova e peça-lhe que atraia novos clientes e mantenha os antigos. No dia seguinte, coloque a tigela num lugar discreto de sua casa ou estabelecimento comercial, por onde passam seus clientes.

PARA TER BONS LUCROS

Ingredientes
Um saquinho de seda verde medindo 5x6cm
1 moeda corrente e 1 cédula de pequeno valor
1 colher de café de noz moscada ralada
1 folha de canela ou de louro

Magia
Na Lua Cheia, coloque sobre a cédula do dinheiro a noz moscada em pó e uma moeda. Faça um pequeno embrulhinho. Coloque no saquinho de seda verde com a folha de canela ou louro. Peça a Lua Cheia sucesso para seus empreendimentos e bons lucros. Feche o saquinho com linha da mesma cor e carregue-o sempre com você.






A Bandeira Cigana surgiu na Europa, após o I Congresso Mundial Cigano, realizado em 1971, em Londres, reunindo líderes ciganos do mundo inteiro. A metade de cima em azul-celeste representa o céu, o verdadeiro teto dos ciganos. A metade verde simboliza a própria terra, a verdadeira pátria deste povo e no meio geométrico, uma roda de carroça em vermelho simboliza a caminhada deste povo. O ator Yul Brinner, de origem cigana, presidiu o II Congresso.
OFERECER LENÇOS SINAL DE GRATIDÃO POR ALGO ALCANÇADO
Oferecer lenços para Santa Sara Kali é sinal de gratidão por algo alcançadoO lenço é um simbolismo forte entre os ciganos.Significa a aliança da mulher casada em sinal de respeito e fidelidade. Santa Sara Kali protege as mulheres que querem ser mães e sentem dificuldades em engravidar.Protege, também, os partos difíceis. Basta ter fé na sua energia.Peça mais importante do vestuário dos ciganos. Quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz:"Dalto chucar diklô" (Te darei um bonito lenço). Oferecer um lenço para Santa Sara Kali, é uma forma de agradecer uma graça ou reforçar um pedido.Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas para ela, no sentido de que, se concebessem, iriam para Saintes-Maries-de-La-Mer no Sul da França onde existe a cripta de Santa Sara Kali, na qual existem muitos lenços em sinal de graças de mulheres que engravidaram e tiveram seus filhos sadios.O lenço pode ser oferecido em nome de qualquer pedido,Santa Sara Kali protege o povo cigano e atende os pedidos de quem tem fé.
Amarelo ou Dourado: Louvores Agradecimento por Vitória Alcançada
Azul: Proteção, Luz Espiritual poder Intuitivo, Filhos.
Branco: Paz de Espírito, Casamento Agradecimentos em Geral.
Lilás: Carinho Amor Correspondido
Púrpura: Prestigio e Vantagens Profissionais
Prateado: Benefícios Através dos Anjos e Santos
Rosa: Amor, Compaixão e Maternidade.
Verde: Saúde, Bens Adquiridos e Vitalidade.
A maneira mais indicada é colocar o lenço sobre a cabeça da Imagem de Santa Sara Kali e Deixar por 21 dias consecutivos.




BRUXINHAS E BUXINHOS DO BEM!!!!

YALORIXÁ KATIA D'OXUM

WÍCCA!!!

“Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus”.Conquanto a Deusa preside a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernunos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...
Quando crianças nos perguntamos: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? O que é o tempo? Desde muito cedo pontuei dúvidas, que me faziam questionar o que me era ensinado (o que me era imposto), procurei na espiritualidade, mas o que me davam como resposta era muito pouco para fome existencial que eu tinha, hoje algumas coisas estão mais claras, mais agora existem outras dúvidas, uma fome diferente.A eternidade como o universo está sempre se expandindo, se tornando novo, ocupando um possível vazio. Parece loucura! Mas o universo não tem fim e nem começo, é um eterno círculo.Meu corpo não é eterno, mas a minha essência (espírito) é eterno, o que alimenta o espírito é o otimismo!Devemos então ser conscientes de nossa existência, de todos os elementos que no cercam, da natureza, do quão divino e maravilhoso é o nosso dia-a-dia, quer você acredite em algo superior ou no que está dentro de nós!A verdade, o conhecimento ilumina nossa estrada, só que a luz não estará lá, se nós não a acendermos, e em muitas vezes no ato de acendê-la nos queimamos, e mesmo quando ela está acesa, não significa que a estrada ficará mais fácil ou mais curta e sim que poderemos aprender e ver coisas que não poderíamos ver.

CONSELHO DE BRUXA!

Outubro / A Lua da Cura
Curar-se não é apenas se livrar de uma doença. É também entrar em harmonia com seu corpo, com seus órgãos, com seu ritmo, e conservar seu organismo em equilíbrio.O primeiro passo é o controle da respiração. Inspire e expire consciente dos seus movimentos, da entrada e saída de ar dos pulmões. Todas as noites, antes de dormir, procure visualizar seus órgãos internos. Imagine seu coração batendo, o estômago em movimentos suaves para realizar a digestão, o fígado filtrando o que é bom para seu organismo. Evite comer coisas que fazem mal, abstenha-se das bebidas alcoólicas e modere quaisquer tendências a exageros. Com o tempo você vai perceber que é possível "ouvir” seu organismo, e dificilmente será vítima de uma doença inesperada. Comer uma folha fresca de sálvia todos os dias também vai ajudá-la a manter a saúde em ordem. E, para se prevenir contra contágios, faça um amuleto com um dente de alho, uma folha seca de sálvia, uma pedrinha de cânfora e nove cravos-da-índia. Carregue-o preso à roupa com um alfinete, para tê-lo sempre junto com o corpo.
KATIA

Sonhar é receber mensagens. Sonhar é encontrar respostas. Sonhar é conversar com amigos de outros planos. Assim é o sonhar da bruxa: não um desligamento da realidade. Mas uma entrada num plano superior. A verdadeira bruxa aprende a controlar seus sonhos e a realizar viagens astrais, sendo capaz de visitar, em espírito, lugares distantes e desconhecidos.Para despertar esse dom de sonhar, durma com um caroço de ameixa na mão esquerda. Assim, você ativará sua intuição e se tornará mais consciente do real significado dos seus sonhos. Procure, ainda, ao acordar, anotar o que você sonhou na noite anterior. Desse modo, você vai aprender a dar atenção aos seus sonhos e será capaz de interpretá-los Corretamente.E a Lua dos Sonhos também ensina a não temer o contato com outras dimensões. É natural que você fique insegura e sinta-se impelida a fugir do desconhecido. Reaja e assuma a plenitude de seu poder!

POVO CIGANO E SUAS ORIGENS!!!!

Não é simples precisar a origem exata do povo cigano, bem como sua história. Um dos maiores entraves é o fato de sua língua, o romani, ser ágrafa, ou seja, não tem versão escrita. Quase tudo o que se encontra sobre ciganos em livros, na internet ou se ouve deles próprios, é baseado na tradição oral. Diversas etnias são classificadas genericamente como ciganos (Rom, Sinto, Calon, etc).
A tese mais aceita (Wikipedia, dicionários, artigos acadêmicos
) é a de que tratam-se
Technorati Marcas:
de grupos nômades, originários do norte da Índia. Sua língua, o romani, e suas variações são faladas por boa parte dos ciganos até hoje, e é passada de pai para filho. O idioma é semelhante ao de outras línguas indo-européias, como o Punjabi e Potohari, hoje faladas no norte do Paquistão.
Acredita-se que os ciganos tenham ido da Índia para o Oriente Médio há cerca de mil anos, e dali espalharam-se para a Europa. Hoje, apesar de disseminados pelo mundo, a maioria dos ciganos permanece no chamado velho continente, mas sempre como minoria étnica.Como praticam quiromancia e adivinhação, foram historicamente repudiados pela Igreja Católica e outras religiões cristãs. A partir daí, foi um passo para que sofressem perseguições, muitas vezes brutais, principalmente na Idade Média, na época das inquisições. Na Romênia, por exemplo, os escravos ciganos só foram libertados no século XIX.
Há diversas estimativas do número de ciganos no mundo ou na Europa. Diferentes fontes citam números entre 5 milhões e 15 milhões. Impossível determinar qual o correto, seja pelo fato de estarem muito espalhados, seja porque boa parte esconde sua identidade ou porque há, ainda, muitos ciganos vivendo sem qualquer registro.
Milhares deles emigraram para o continente americano. Portugal foi um dos países que deportou membros da comunidade para suas colônias, entre elas o Brasil. Estimativas da União Brasileira dos Ciganos falam em cerca de 800 mil ciganos e descendentes no nosso país, mas, novamente, é um número impreciso. Restam duas certezas: há muito mais ciganos por além dos que vemos na ruas, com suas roupas típicas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

DANÇA CIGANA

A MAGIA DA DANÇA CIGANA

"A DANÇA CIGANA" vem desde o princípio do mundo ... ela esconde um mistério de MAGIA que temos dentro de nós ...
Essa magia desperta e cresce com a descontraçao de nossos movimentos.
Quando levantamos nossas mão em ondulações ou "rodopiamos" nossas amplas saias, já estamos em contato com as energias do "UNIVERSO".
Quando dançando, pisamos firme no chão com os pés descalços, estamos recebendo a energia do elemento Terra, que irá nos dar força para os desafios da vida ... Os passos da Dança Cigana, quer sejam com as mãos, com os pés, com a cabeça, ombros, ou com a saia, dever ser firmes, fortes e desafiantes ...
Assim, vamos dançar com toda a força de nossa intuição, despertando a MAGIA que temos dentro de nós ...
Não há idade para este "exercío de alegria" Ele é poderoso quando praticado ...
Nasceu da necessidade de dar formas aos nossos desejos e aos apelos às "FORÇAS SUPERIORES".
A alegria da DANÇA CIGANA leva a força do sorriso de nosso coração, tornando nossos desejos realidade ...
Chame aquilo que quer, com os volteios de suas mãos, com meneios de seus ombros e com a alegria de quem já o possui.
Dance e acenda a fogueira de seu coração tendo a certeza de que ninguém pode impedir que você consiga o que quer, desde que o faça com a melhor intenção ...
Venha ... Vamos Dançar ... Solte seu corpo, remexa seus quadris, ondule suas mãos, rodopie sua saia, solte as amarras que você tem e liberte seu coração ...
Esta é a primeira "MAGIA" a aprender dos muitos Sortilégios Ciganos ...
O Sol e a Lua vêm Dançar com Você ...
Alegria. Esta é a palavra de ordem na dança cigana. Os ciganos adoram dançar. A dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a dura vida de cigano. Desde criança os ciganos ouvem e dançam as seguidillas, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons tradicionais - produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas do acampamento.
Não há limite de idade para praticar a dança, pois facilmente adapta-se aos critérios de seus praticantes. Fornecendo uma forma agradável de equilíbrio entre o corpo e a mente, aliando a atividade física ao trabalho positivo das emoções e da sensibilidade. Além da beleza da arte da dança cigana que, por si só, já é grandiosa.
Através da dança, liberamos o emocional, resgatamos o feminino e a sensualidade e se desperta a alegria de viver e o entusiasmo. Como toda atividade de dança, a dança cigana é uma excelente atividade física que aumenta a flexibilidade e o tônus muscular, reeduca a postura e desenvolve a coordenação motora. Vale a pena conferir e e se deixar levar pelos ritmos alegres da dança cigana!
A Dança Cigana é sagrada, dançar ao ritmo cigano não é apenas reproduzi-lo em movimentos, a dança é uma oração única, onde o bailarino tem a oportunidade de mostrar quem é, ou seja, seu ser, sentimentos, sonhos, a sabedoria que adquiriu em sua jornada e tudo que ainda busca, sua comunhão com a natureza e o sagrado, descobrir que faz parte de um todo divino chamado Universo. Elementos da Dança Cigana:Lenço: força e mistério, purificação, delicadeza e feminilidade. Leque: misterioso, sensual, elegante, perigoso e sedutor. Fitas: alegria, brincadeira de criança, exaltação à beleza da vida.Pandeiro: mensageiro da alegria, do sol e da esperança, anuncia a chegada de um novo caminho ou vida, celebra o sempre continuar.



O lenço é encantador seguro delicadamente nos dedos da cigana, envolvendo-a de mistério e aos poucos revelando sua beleza e poder. Ao dançar com o lenço, seus desejos, sentimentos e sonhos são movidos pelo deslizar do lenço pelo ar, no transe da música, livre como o vento e infinito como o céu. O lenço também transforma e limpa o ambiente, pode representar pedidos ou coisas da vida que queremos mudar ao dançar. É uma das danças ciganas femininas mais belas, por isso pode ser encontrada de várias formas nas danças de todos os grupos ciganos.


O pandeiro traz a alegria do sol, saudando-o com inúmeras fitas coloridas, representando seus raios protetores e vivos. Como todo instrumento que faz barulho, ele tem como função expulsar os maus espíritos ou energias negativas, abrindo caminho para o povo festejar. Sua mensagem é mover, tranformar o que está parado em ritmo, revigorar o nosso corpo com a alegria e o calor da dança, assim como o sol faz conosco. O uso das fitas, pode ter nascido como um calendário para marcar eventos importantes e a idade; para saudar a chegada da primavera; para representar através das cores das fitas pedidos ou bençãos. É mais utilizado nas danças do grupo Rom, acompanhando violinos e outras percussões, é preciso habilidade e conhecimento dos ritmos utilizados.
O leque passeia há séculos nas mãos das mulheres, mas seu uso prático pouco tem a ver com os aspectos valorizados pela cigana ao dançar. Da maneira que se abre pode representar as fases da lua e da mulher, seus reais desejos ou apenas o que quiser demonstar; é um poderoso instrumento de limpeza energética, magia para a cura e sedução. Sendo assim, está constantemente nas mãos espertas de uma cigana, atraindo a atenção para seu mistério e poder. O leque é mais característico nas danças kalóns, mas pelo seu encanto as mulheres que gostam, usam-no sempre que podem na sua dança.



sábado, 24 de outubro de 2009

DESENVOLVIMENTO E TRABALHO!

Desenvolvimento e Trabalho
Todos sabemos que o médium deve procurar uma casa de santo para seu desenvolvimento espiritual. Isso porque quando nos envolvemos com a espiritualidade em geral, abrimos canais energéticos em nosso organismo, tanto físico quanto espiritual, à forças que se não forem devidamente conhecidas, reconhecidas e tratadas poderão nos causar vários problemas, tanto físicos quanto espirituais.
A figura do Zelador de Santo, Pai de Santo ou Dirigente Espiritual, como queiram os diversos pontos de vista, tem uma importância capital neste mister. A estabilidade espiritual da casa também. Um Centro Espírita não é somente uma construção física, ele é um ambiente sagrado no qual há forças sustentadas pelos assentamentos, obrigações e pelo próprio fluido espiritual emanado do corpo mediúnico, além é óbvio, do apoio e proteção dos guias chefes da casa que mantém o ambiente sadio e fortalecido de maneira que as influências negativas não tenham campo propício para agir. Neste caso pode-se perceber o quanto é importante para o médium, ao dirigir-se para uma sessão no seu Terreiro, ir imbuído da maior boa vontade e sentimentos puros, pois cada gota de seus fluídos será somada ou diminuída de acordo com sua qualidade.Entretanto, temos que ter em mente o ideal principal da religião. Ela não existe simplesmente para se transformar ambientes, compor visuais ou demonstrar o quanto somos organizados e bem vestidos.
Nossos guias espirituais não têm nossas vaidades e a beleza que aos nossos olhos ainda é importante, para eles é inócua, ainda que se sintam satisfeitos quando as produzimos de boa vontade. Não há erros em desejarmos nossas casas bem arrumadas, decoradas e limpas, iluminadas e organizadas, mas que esses desejos não saiam nunca dos ambientes físicos e se confundam com necessidades espirituais.
Não é desejável que o médium faça atendimentos em sua própria casa ou em quaisquer outros ambientes que não o Centro Espírita, Terreiro, Ilê, ou qualquer outro nome com o qual queiram designá-los. No entanto, a caridade como finalidade principal da atividade religiosa, não escolhe hora nem lugar. O que mais importa é sua própria prática e assim, em momentos de necessidade, o médium poderá fazer uso de suas potencialidades no sentido de ajudar a um irmão em dificuldades. Mas não nos iludamos com isso a ponto de acharmos que a necessidade é diária e com isso justifiquemos vaidades ou intenções particulares.
Tenho visto com extrema alegria pessoas singulares, muitas vezes carentes de condições financeiras e culturais, simplórias mesmo, que somente apoiadas nas suas boas vontades e sentimentos puros, no interior de seus barracos de madeira, à luz de uma vela e um simples galho de arruda praticarem verdadeiros milagres.
Mais uma vez conclamo a todos a não permitirem em seus corações novos sentimentos de vaidade, achando que este exemplo acima os exime de um bom desenvolvimento e das obrigações inerentes a um filho de Santo. Lembremo-nos que a necessidade é a mãe da realização, mas que o conhecimento é caminho da evolução. Somos responsáveis por aquilo que cativamos e cada passo que damos à frente não nos permite mais caminharmos em caminhos anteriores.
Pratiquem sem medo suas espiritualidades pois nossos Orixás e Entidades são nossos protetores e não nossos algozes. Com certeza nos ajudarão sempre que estivermos em dificuldades e nas horas de boas intenções, mas saberão exatamente o quanto de vaidade e personalismo vai em nossos corações.
O médium está em constante evolução e desenvolvimento, não há qualquer médium que não possa mais, pelo tempo que tenha de religião, participar de uma corrente para livrar um filho de uma influência espiritual negativa; ajudar um irmão menos desenvolvido que ainda balança e quase cai ao contato com a influência de seus guias; cambonar um guia de irmãos mais novos enquanto não estão manifestados; servir um copo de água a quem acabou de desincorporar; afinal, ser útil de alguma forma.
As qualidades mediúnicas tais como a vidência, principalmente, têm também graus de evoluções.É de suma importância, para os videntes, aceitarem existir muitas coisas que não consigam enxergar, não porque tal energia não exista, mas que ainda não haja evolução suficiente para visualizá-la.
A humildade é o maior atributo do médium, a vaidade sua maior desgraça!Procuremos o mais que possamos, aumentar uma e diminuir a outra. Cada um de nós somos um grão de areia frente às montanhas de fatos existentes e desconhecidos por nós. Yalorixá Katia D'Oxum

AOS QUE ACREDITAM NA IRREVERÊNCIA DA VIDA!

Aos que acreditam na irreverência da vida.Os leigos na religião dos orixás, imersos no simbolismo do mal construído pelas igrejas e pelos detentores do poder durante a escravidão, aprenderam a conferir a Exu o princípio demoníaco da feitiçaria, da bruxaria e da maldade. No entanto, se lermos as poesias e as narrativas sobre Exu vamos mergulhar na profunda espiritualidade deste orixá, a qual é vital para nossas travessias e desafios. Longe de ser o diabo, Exu é o princípio dinâmico de comunicação e individuação, o princípio da existência cósmica e humana. Ele é o princípio que representa e transporta o axé (força vital), que assegura a existência dinâmica, permitindo o acontecer e o devir. Ele traduz aos homens as palavras dos orixás e simboliza a descendência, a intercomunicação, a participação. É ainda o símbolo da sexualidade e da fertilidade. Ele está ligado ao destino dos homens e mulheres e de tudo o que é vivo e tem vida. Na teologia tomista existe o conceito de “eidade”: tudo tem a sua razão ôntica, de ser. Todas as coisas têm, em potência, tudo aquilo que necessitam para serem o que realmente são. Este é o princípio de Exu: possibilitar que as coisas venham a tornar plena a sua vida interior: a sua “arvoreidade”, a sua “pedraeidade”, a sua “aguaeidade”, a sua “fogoeidade”, o seu “amoreidade”, etc...Exu responde, no mais fundo de nós mesmos, pelo movimento da vida, introduzindo o acaso e a sorte no destino dos homens e mulheres; rompendo os modelos conformistas do universo, as psicologias do “ajustamento”; e nos levando aos desafios do novo e da desordem e da possibilidade permanente de mudanças. Ele nos questiona permanentemente, aos nos revelar que o mundo é produzido e que pode ser produzido de maneira diferente. Indaga-nos pelas nossas utopias e esperanças e nos mostra a fragilidade das nossas tentativas de criar sistemas e estruturas definitivas onde a vida fica limitada e sem horizontes.Exu nos mostra que somos inefáveis como Deus, e como inefáveis somos a encarnação do desafio e da irreverência (ele troca o sol pela lua, etc); ele permite aos homens e mulheres a possibilidade de autodeterminação, de exercer o pensamento divergente, de confrontar as interdições sociais que limitam o gozo da liberdade. Como princípio dinâmico é o-não-ainda-possível. Exu é o pai da luta: duelo e desafio. A vida é luta, e a solidariedade para a vida é luta e se faz na luta. O que mais une os homens e mulheres, uns com os outros, são duas discórdias, quando as diferenças são respeitadas e confrontadas. O que mais une cada um de nós conosco mesmos, o que faz a unidade íntima de nossa vida são nossas discórdias íntimas, as contradições interiores de nossas discórdias. Só se esta em paz consigo mesmo para morrer.O modo de viver e de lutar e de lutar pela vida e viver da luta é duvidar. E o que é dúvida? Dubitare contém a mesma raiz, a do numeral duo, dois, que duellum, luta. A dúvida, mais que a pascaliana, a dúvida agônica ou polêmica, que não a cartesiana ou dúvida metódica, a dúvida de vida – vida é luta – e não de caminho – método é caminho – supõe a dualidade do combate.Exu é o entusiasmo permanente de vida e luta. É entusiasmo no seu verdadeiro significado é o mesmo que endeusamento. O entusiasta é um endeusado, o que plenifica de Deus. Por isso Exu é a quem se devota afeição e amizade, a quem se confia os segredos mais íntimos e as promessas e pedidos a serem atendidos. Ele é a encarnação do entusiasmo e do endeusamento. Tudo o que existe tem o seu Exu, porque tudo tem vida e participa intimamente desta força vital de Deus. Se Exu, no culto de Ifá, “fala” pelos odus – palavras dos orixás – traduzindo-as para os homens e mulheres, no domínio de Ossaim é quem abre as portas para que cada orixá – que tem as suas próprias folhas – possa fixar-se na cabeça – ori - dos seus filhos e filhas. No reino dos Egum é quem permite a passagem deles para o corpo das crianças que vão nascer... Não há morte nesta teologia, mas uma transformação permanente de vida em busca da plenitude e da ancestralidade. Nenhum transe místico se realizaria no candomblé se não fosse primeiramente celebrado o seu padê, se não lhe tivessem pedido que levasse aos orixás o desejo dos homens e mulheres, convidando-os para virem dançar nas festas. Nesta dimensão, o tempo de Exu é o tempo oportuno – Kairós -, o aqui-e-agora: Os orixás dançam e celebram com seus filhos e filhas naquele exato momento, e a troca da força vital é realizada na relação comunitária, religiosa, na qual cada gesto, dança, canto e comida são prenhes de significado e de vida. A representação simbólica de Exu com chifres talvez possa ter influenciado, pelo ideário caricato das igrejas, a sua identificação com o diabo. Esta representação, no entanto, é anterior à construção do Antigo Testamento, cujo livros foram escritos após o Exílio e que, com certeza, tiveram toda a influência dos símbolos e arquétipos africanos.O chifre tem o sentido primitivo de elevação e seu simbolismo é o poder: “Farei germinar um chifre, um corno para David” (Sl 132.17). Ele simboliza a força de Deus e evoca o prestígio da força vital (axé), da vida inesgotável e das grandes divindades da fecundidade: “Me resguardo Nele, meu escudo e meu corno de salvação” (Sl 18.4).O cosmos, segundo a teologia iorubana, está dividido em quatro compartimentos e é a criação de um único Deus: Olorum. É preciso que a divisão não suprima a unidade e que os quatro compartimentos se liguem entre si. É Exu quem abre as portas e traça os caminhos e cuja missão é criar aberturas entre os quatro reinos, furar as paredes que os separam uns dos outros, fazendo-os entrarem em comunicação por seu intermédio e assegurando, assim, a união cósmica.Os quatro cornos dos altares dos holocaustos situados no Templo designam as quatro direções do espaço: a extensão ilimitada do poder de Deus. Carl Yung aponta a ambivalência no simbolismo dos cornos. Eles representam um princípio ativo e masculino, por sua forma e por sua força de penetração, e um princípio passivo e feminino por sua forma de lira e de receptáculo. O ser humano, reunindo ambos os princípios na formação de sua personalidade e assumindo-se integralmente, chega à maturidade, ao equilíbrio e a harmonia interior.Èsù fi ire bò wá o. Exu faça a nossa vida plena das coisas boas.No hebreu, Ruah – traduzido para o grego Pneuma – significa sopro, hálito, ar, vento e alma. Nas 378 vezes que o termo é empregado no Antigo Testamento, ele é distribuído em três grupos de igual importância: É o vento, o sopro de ar; É a força viva com o homem, princípio de vida (hálito), sede de conhecimento e dos sentimentos; É a força de vida de Deus, pela qual age e faz agir tanto no plano físico quanto no espiritual. No grego profano e no uso filosófico, pneuma exprime a substância viva e geradora nos animais, nas plantas e em todas as coisas. Na Bíblia o ruah-sopro não é desencarnado, pelo contrário, é a animação do corpo. Se o mundo cultural grego pensa em categorias de substância, o mundo judaico pensa em força, energia e princípios de ação. O espírito-sopro é o que age, faz agir, e em se tratando do Sopro de Deus anima e faz agir para realizar o desígnio de Deus. É sempre uma energia de vida. A espiritualidade não consiste, então, em se tornar imaterial, mas ser animado pelo Espírito Santo e, por que não dizer, o axé de Exu?Este ruah-pneuma é o vento: “sopra onde quer e como quer, ninguém sabe de onde vem nem para onde vai” (Jo 3.8); é o hálito de Deus que comunica a vida: “ o céu foi feito com a palavra de Javé e seu exército com o sopro de sua boca” (Sl 33.6); o hálito do homem e da mulher, princípio e sinal de vida: “morreu tudo o que tinha um sopro de vida nas narinas” (Gn 6.22); e a animação que realiza uma obra: “eu o enchi com o espírito de Deus em sabedoria, habilidade e perícia para toda espécie de trabalho” (Ex 31.3).O Sopro recebe diversas qualificações, segundo os efeitos dos quais é o princípio: espírito de inteligência (Ex 28.3); de sabedoria (Dt 31.3); de ciúmes (Nm 5.14); de ódio (Jz 9.23); de prostituição (Os 4.12); de impureza (Za 13.2); de justiça (Is 28.6) e de súplica (Za 12.10). O Antigo Testamento hesita em associar os espíritos perversos a um outro que não seja Deus: “Suscitou Deus um espírito de aversão” (Jz 9.23); “O espírito maligno da parte do Senhor tornou sobre Saul” (1 Sam 19.9); “Eis que o Senhor pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas e o Senhor falou o que é meu contra ti” (1 Rs 22.23).Quando o mau espírito da parte de Javé se apossou de Saul, ele procurou transpassar David, que tocava sua lira, com a sua lança. David desviou e a lança de Saul ficou cravada no muro. David fugiu ajudado por Micol, sua mulher, e Saul, não contente, mandou mensageiros para prender David. Mas o espírito de Deus, paradoxalmente, veio sobre os emissários e eles foram tomados de delírio. Em seguida, mais dois grupos de emissários, enviados por Saul para matar David, foram também possuídos pelo Espírito de Deus, e entrando em delírio, não puderam matá-lo. Finalmente, o próprio Saul foi para matar David: “Mas o Espírito de Deus também se apossou dele e ele caminhou delirando até chegar às celas em Ramá onde estavam David e Samuel. Também ele se despojou de suas vestes, também ele delirou diante de Samuel e depois caiu no chão, nu, e ficou assim todo aquele dia e toda a noite. Daí o provérbio: está também Saul entre os profetas?” (1 Sam 19.9ss). E assim o Espírito Santo de Deus – numa irreverência aprendida de Exu – expôs o rei ao ridículo...Saul é o último dos juízes e o primeiro dos reis. A partir da instituição da realeza, o empreendimento mediador do sopro-espírito cessa. Quando Samuel unge o último dos filhos de Jésse, “o espírito do Senhor funde-se com David a partir deste dia” (1 sam 16.13). Com David, alguma coisa acontece de definitivo e nós podemos seguir a continuidade pela profecia de Natan (2 Sam 7); a de Isaías (ls 11.1-2); e a de Lucas (Lc 3.31).O mais importante nisso tudo é que o Cristo revelado em Jesus da cidade de Nazaré é da linhagem de David, não porque nele também havia esta fusão do Espírito-Sopro. O Emanuel – Deus Conosco – é este sopro de vida, este axé onde funde-se o princípio vital de individuação e comunicação – Exu -, mediador entre Deus e os homens e mulheres, princípio de vida, de liberdade, de amor, de generosidade, oferenda, ebó, bênção, justiça, santidade, equilíbrio cósmico e todos etcéteras que couberem, cabem e caberão nesta nossa travessia da vida. O Cristo é avesso, como Exu, aos dogmas, preconceitos e autoritarismos que revestem as instituições. Ele parte e envia o seu espírito de liberdade na festa do fogo, de Pentecostes, que como princípio dinâmico continua a animar a vida dos homens e mulheres na liberdade, na ternura e na luta.Em tempo, Exu é uma divindade do fogo. Ele trouxe o Sol e sua festa é no solstício de verão.O que gostaria de apontar é que a espiritualidade, ou melhor, a vida segundo o Espírito, segue toda a trajetória desta simbólica inaugurada pela teologia iorubana, com certeza mais antiga que a hebraica e que, sem dúvida, determinou toda a linguagem veterotestamentária. O mais importante é que Exu, como o Espírito Santo, não se deixa aprisionar pelos espíritos mesquinhos dos homens e das mulheres, pelas suas miopias e sua arrogância, mas está vivo e atuante em todos os que buscam o equilíbrio cósmico, da natureza com o humano com o divino e com todas as plurais combinações possíveis nesta nossa “travessia perigosa, mas que é a da vida”.Em síntese, tanto Exu como Emanuel estão no movimento do Espírito, de geração em geração, por todos os séculos, longe dos aprisionamentos institucionais das igrejas e seitas, revelando-se e manifestando-se nas formas diversas plurais que conseguem, sempre festejando a força da vida, no meio dos seus amados e amadas, na festa anunciada e vivida, na mesa farta, repartida em mancheias para todos os que chegam, não importando a sua fé, sua cor e seus caminhos. Esta escrito que “Àse Èsù yóò bá o gbé làyè” (“O axé de Exu vai acompanhar você por toda a vida”) e que “a loucura de Deus é mais sábia que os homens” (1 Cor 1.25). Associação Afro-Brasileira de Estudos Teológicos
Da cultura negra

domingo, 18 de outubro de 2009

EXÚ QUEM ÉS?


Quem és, oh Elegbara!? Que com teu falo em riste deixava estupefatos os zelosos sacerdotes do clero católico.
Só pode ser o demônio infiltrado nestas tribos primitivas que habitam o solo árido da África, gritavam os inquisidores preocupados.
Negros sem alma, que só pensam em se reproduzir, em ofertar para a fertilidade da lavoura, levem-nos para o Brasil e vendam-nos como escravos que lá aprenderão as verdades dos céus.
Cá chegando, quem és, Exu, “orixá” amaldiçoado pela dualidade judaico-católica, que não pôde ser sincretizado com os “santos” santificados pelos papas infalíveis…
Quem és, Exu, que os homens da Terra determinam que não é santo e por isto é venerado escondido no escuro das senzalas e seus assentamentos ficam enterrados em locais secretos?
Quem és, Exu, que o vento da liberdade que aboliu a escravidão “enxotou” para as periferias da capital de antanho?
Quem és, Exu, que o inconsciente do imaginário popular vestiu com capa vermelha, tridente, pé de bode, sorridente entre labaredas, que por alguns vinténs, farofa, galo preto, charuto e cachaça, atende os pedidos dos fidalgos da zona central que vêm até o morro em busca dos milagres que os santos não conseguem realizar?
Quem és, Exu, que continua sendo “despachado” para não incomodar o culto aos “orixás”?
Exu, é entidade? Então não entra dizem os ortodoxos que preconizam a pureza das nações. Aqui não tem lugar para egum…espírito de morto…
Exu, fique na tronqueira. Médiuns umbandistas pensem nos caboclos e pretos velhos, não recebam estes Exus, admoestam certos iniciados chefes de terreiro. Eles são perigosos para os iniciantes.
Sim, estes iniciantes e iniciados que pelo desdobramento natural do espírito durante o sono físico vão direto para os braços do seu quiumba – obsessor- de fé, e saem de mãos dadas para os antros de sexo, drogas, jogatinas e outras coisitas prazeirosas do umbral mais inferior. Noutro dia, sonolentos e cansados do festim sensório, imputam a ressaca ao temível Exu.
Oh! Quantas ilusões!!!!!! Afinal, que és tu, Exu? Por que sois tão controverso? Eu mesmo vos respondo… Iah, ah, ah, ah…. Não sou a luz… Pois a luz cristalina, refulgente, só a de Zambi, Olurum, Incriado, Deus, seja lá que nome vocês dão… Não sou a luz…Logo sou espírito em evolução.
Esta não é uma peculiaridade nossa,só dos Exus, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Afirmo que não existe espírito evoluído, como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus.
Assim, perante os “olhos” de Olorum, sou igual aos pretos velhos, caboclos, baianos, boiadeiros, ciganos, orientais… As distinções preconceituosas ficam por conta de vocês.
Não sou a luz, mas tenho minha própria luminosidade, qual labareda de uma chama maior, assim como todos vós. Basta tirar as nódoas escuras do candeeiro que vos nublam o discernimento que podereis enxerga-la, lá dentro de vós, o que chameis de espírito.
Há algo que me distingue dos demais espíritos. É o fato de eu não estar na luz. Meu habitat é a escuridão. Os locais trevosos onde há sofrimento, escravidão, dominação coletiva, magismo negativo, castelos de poder alimentados pelo mediunismo na Terra que busca a satisfação imediata dos homens, doa a quem doer.
O que eu faço lá? Eu, um Exu, entre tantos outros, levo a luz às trevas, qual cavaleiro com estandarte em punho. Dentro da lei universal de equilíbrio, eu abro e fecho, subo e desço, atuo na horizontal e na vertical, no leste o no oeste, atrás e na frente, encima e embaixo, impondo sempre o equilíbrio às criaturas humanizadas neste planeta, encarnados e desencarnados aos milhões.
O Cosmo é movimento, nada está parado, nada é estático. Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar, mas eu as faço movimentar- se…Não sou as estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento faz a sua luz chegar até as retinas…Não sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas moléculas e partículas atômicas são mantidas em coesão e movimentadas pela minha força….
Iah, ah, ah…
Este equilíbrio não se prende as vontades humanas e aos vossos julgamentos de pecado, certo ou errado, moral ou imoral. Eu atuo no contínuo temporal do espírito e naquilo que é necessário para a evolução. Se tiverdes programado nesta encarnação serdes ricos, o será com axé de Exu. Se for o contrário, se em vida passada abusou da riqueza, explorou mão de obra, matou mineiros e estivadores de canaviais, e é para o equilíbrio de vosso espírito serdes mendigo, nascerás em favela sentindo nas entranhas o efeito de retorno, com axé de vosso Exu que vos ama, assim como um elástico que é puxado esticando e depois volta à posição de repouso inicial, estarei atuando para que seja cumprida a Lei de Harmonia Universal, mesmo que “julgueis” isto uma crueldade.
Eu, Exu, vos compreendo. Vós ainda não me compreendeis. Eu sou livre, livre e feliz. Vós sois preso, preso e infeliz no ciclo das reencarnações sucessivas. Eu dou risada. Iah, ah, ah, ah !!!!
Sabe por quê? Porque eu sei que no dia que o Sol não mais existir, vosso planeta for mais um amontoado de rocha inerte vagando no cosmo, estaremos vivos, vivos, muito vivos, evoluindo, evoluindo, sempre evoluindo. Assim como vim para a Terra como caravaneiro da Divina Luz há milhares de anos atrás, assim iremos todos para outro orbe quando este planeta “morrer”.
Quando este dia chegar, vós estareis um pouco menos iludidos com as pueris verdades emanadas dos homens e seus frágeis julgamentos religiosos.
Eu, Exu, vou trabalhar arduamente para quando este dia chegar, vós estejais menos iludidos e quem sabe livre da prisão do escafandro de carne, assim como eu sou livre, livre, livre e feliz. Iah, ah, ah, ah, ah.
* * * Obs: O Exu que ditou esta mensagem é mais um dentre tantos que se denominam PINGA FOGO e labutam em prol da Divina Luz, nossa amada Umbanda.

EXÚ O MENSAGEIRO!

Exú
Conhecido como Elegbára (ele=dono, senhor ; agbara=poder), contém muitas definições e funções:Exú Elegbára = senhor do poderExú Yangi = pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente - água + terra -Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais)Exú Obá - rei-de-todosExú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu -Exú Elebo = senhor-das-oferendasExú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendasExú Elérú = senhor do erú (carrego)Exú Olòbe = proprietário e senhor da facaExú Enú-gbárijo = explicitador de mensagensExú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual)Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)Exú é o 1º nascido da existência e, como tal, o símbolo do elemento procriado. Mensageiro dos orixás , elemento de ligação entre as divindades e os homens, a um tempo mais próximo do mundo terreno e mais perto do elevadíssimo espaço celeste por onde transita Òrúnmìlà, é um orixá, é sempre a primeira divindade a receber as oferendas, justamente para que atue como um aliado e não como um rival que perturbe os procedimentos místicos desenvolvidos durante os rituais. Coerente com seu lugar mítico privilegiado, é ele que abre esse "corpus mitopoético" .Princípio dinâmico e princípio da existência individualizada, Exú não pode ser isolado ou classificado em nenhuma das categorias. Ele é como o axé (que ele representa e transporta), participa forçosamente de tudo. Segundo Ifá cada um tem seu próprio Exú e seu próprio Olorún em seu corpo. O nome de Exú é conhecido, invocado e cultuado junto ao orixá. E é Ifá quem revela e permite-nos sabê-lo.O Òkòtó representa o crescimento. Agbárá, poder que permite a cada um se mobilizar e desenvolver suas funções e seus destinos. Por isso recebe o título de Elegbára (Senhor do Poder). Quem delegou esse poder à Exú foi Olorún ao entregar-lhe o àdó-iràn, a cabaça que contém a força que se propaga. Esta cabaça está presente em seus "assentos", é uma cabaça de pescoço grande, e basta Exú apontá-la a algo para transmitir seu axé. Exú Elegbára é o companheiro de Ogun.Exú Yangi, pedra vermelha de laterita, pedaços de laterita cravados na terra, indicam o lugar de culto à Exú. Yangi é a representação mais importante de Exú e, é assim invocado:Exú Yangi Obá Babá ExúExú Yangi rei, pai de todos os ExúExú Yangi é o Exú ancestre, o Exú Agbá. Oxé-tuwá, representante direto de Exú, simboliza um de seus aspectos mais importantes, o de ser encarregado e transportador das oferendas, Òjise-ebo.Exú por ser resultado da interação de um par, é o portador mítico do sêmen e do útero ancestral e como princípio de vida individualizada ele sintetiza os dois, É por isso que frequentemente, e, é representado pela forma de um par, uma figura masculina e uma feminina, unidos por fileiras de búzios. Exú está profundamente ligado à atividade sexual. Representados por um falo (pênis), ou suas representações simbólicas como: os penteados de forma fálica, sua arma, o ogó - bastão em forma de pênis -, sua lança; já as cabacinhas representam seus testículos.Exú também está representado com objetos à sua boca; dedo, cachimbo e principalmente flauta, que vem representar a atividade sexual, como absorção e expulsão, ingestão e restituição, com a flauta Exú chama seus descendentes. Portanto símbolo por excelência da fecundidade. Exú jamais toma a forma de procriador.Exú é cultuado tanto como lésè-égún, como lésè-orixá, e apenas por seu intermédio é possível cultuar os orixás e as Iyá-mi (mãe ancestre). Não é apenas Òjisé-ebo, mas principalmente Òjisé, o mensageiro, fazendo a comunicação entre tudo que é oposto.Com efeito a relação entre Exú e Ifá, é indiscutível, e Exú está representado em um dos principais emblemas característicos do culto à Ifá, o òpón, onde Exú tem sua representação em forma de rosto, de triângulos e losangos.É no seu papel de princípio dinâmico, de princípio de vida individual e de Òjise ou elemento de comunicação, que Exú Bará está indissoluvelmente ligado à evolução e ao destino de cada indivíduo. Como tal ele também é senhor dos caminhos Exú Olònà, e ele pode abri-los ou fechá-los. Exú fica à esquerda dos caminhos. O elemento procriado, é a prova do poder das Iyá-mi, é o pássaro, o Elèye.Exú foi o primeiro a usar ekódide (pena de uma espécie de papagaio) na cabeça, e foi isto que o tornou decano de todos os orixás. Alguém que coloca ekódide na cabeça sem necessidade, provoca a cólera de Exú.Enganosamente ou mal intencionados, os primeiros missionários que chegaram à África, compararam-no ao diabo, por algumas de suas formas, artimanhas e poderes atribuídos. Ele tem as qualidades dos seus defeitos, pois é dinâmico e jovial, havendo mesmo pessoas na África que usam orgulhosamente nomes como Èxúbíyìí (concebido por exú), ou Èxùtósìn (Exú merece ser adorado).Como personagem histórica, Exú teria sido um dos companheiros de Odùduà, quando da sua chegada à Ifé, e chamava-se Exú Obasin. Tornou-se mais tarde, um dos assistentes de Orúnmilá, que preside a adivinhação pelo sistema de Ifá. Segundo Epega, Exú, tornou-se rei de Kêto sob o nome de Exú Alákétu.É Exú que supervisiona as atividades do rei em cada cidade: o de Oyó é chamado Exú Akesan.Como orixá, diz-se que veio ao mundo com um porrete, chamado, ogó, que teria a propriedade de transportá-lo, a centenas de quilômetros e de atrair, por um poder magnético, objetos situados a distâncias igualmente grandes.Qualidades1) Elegbára2) Alákétu3) Laalu4) Jelu5) Run danto6) Tiriri7) Lonan8) Jele bara9) Anan ou Inan10) Bará11) Jigidi12) Mavambo13) Embeberekete14) Sinza Muzila15) Sandú16) Baragbo17) Akesan18) Baralajki19) Betire20) Lamu Bata21) Okanlelogun

ORI!

Orí
Combinação de ODU de IFÁ - IRETE (14) e OFUN (16) "ATEFUN - apelido de Ifá sábio - Adivinhava o oráculo às 401 divindades, estavam indo ao estado de perfeição, o sábio de ORI "adivinhou" oráculo para ORI; ORI estava indo ao estado de perfeição (ÒDE-ÀPÉRÉ), mandou-lhe fazer sacrifício, SOMENTE ORI, O ÚNICO QUE FEZ, O SEU SACRIFÍCIO FOI ABENÇOADO, portanto ORI é maior que todas as divindades, ORI é mais forte que as divindades, somente ORI chegou no estado de perfeição. O iniciado sacrificou! ORI é forte, mais que os orixás." Para qualquer Yoruba, a palavra ORI tem uso amplo. ORI num primeiro momento quer dizer cabeça; e simboliza também - o ápice de todas as coisas; o mais alto desempenho, portanto contém o superlativo ou seja o Zénite. Por exemplo, a cabeça é a parte mais alta e mais importante do corpo humano, é a moradia do cérebro que controla o corpo inteiro. O líder ou chefe de qualquer organização é referido como "Olóri" (a cabeça), ORI é cabeça, cabeça é alta, alto é supremo e o ser supremo é ÔLÔDUMARÊ (Deus maior). No corpo humano ORI se subdivide em duas colocações:1) a cabeça física - é o crânio humano, onde está o cérebro que usamos para o pensamento e controle das outras partes do corpo; consciente ou inconsciente; os olhos para tudo ver; o nariz para respirar e cheirar; orelhas para ouvir; a boca para alimentar e falar; a língua para saborear; nossa essência masculina ou feminina está na cabeça, o rosto que dela faz parte nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma identidade individual; sem a cabeça o homem e mulher seriam como qualquer "X".2) a cabeça espiritual está subdividida em mais duas partes a saber: Cabeça EspiritualAPARÍ-INÚ (Cabeça espiritual interna) - ORÍ-ÀPÉRÉ (santo pessoal, destino ou parte divina de cada um: escolhido no domínio de ÀJÀLÁ - divindade de ORÍ.ORÍ-ÀPÉRÉ é acumulação de destino individual; Isto é: ÀKÚNLÈYÀN, ÀKÚNLÈGBÁ e ÀYÀNMÓ. AKUNLEYAN é a parte do destino que cada um escolhe por vontade (livre arbítrio) própria AKUNLEGBA é a parte do destino o qual está adicionada como complemento de AKUNLEYAN AYANMO é aquela parte do destino que nunca pode ser mudado. Por exemplo - pais, sexo, karma, etc. Mas Akunleyan e Akunlegbá podem ser melhorado enquanto Ayanmó não pode ser modificado . O destino ORÍ-APÉRÉ está escolhido no domínio de AJALÁ (divindade de Orí) APARI INÚ é de caráter individual, uma pessoa poderia chegar a terra com bom destino, mas, sem boa conduta; A maldade da cabeça espiritual interna danificará definitivamente o bom destino, o inverso também acontece. Porém o "destino" pode ser modificado, numa certa medida, quando certos segredos são conhecidos, dentro de um contexto e conhecimento da Teologia Yorubana. Contudo ORÍ é o mais importante entre as divindades. Na ordem de importância - o primeiro é Orí; o segundo é a mãe, e se ela tenha morrido, seu espírito; em terceiro lugar é o pai, e se tenha morrido, o seu espírito; em quarto lugar, IFÁ e a seguir, seu orixá e as outras divindades. (Por Gbolahn Okemuyiwa e Awo Ademola Fabunmi - traduzido por: Adélékè Àdìsá Ògún)Ser humano - somatória - O Criador, o procriador, procriadora e ser procriado. Para ser adivinhador, no sentido mais elevado é "SER DIVINO", provido de conhecimento e alguma coisa ainda mais misteriosa. Os dois sinais da divindade humana ou humanidade divinizada são: predições e milagres. Para ser um Profeta é ver ante mão os efeitos; os quais existem causas, ler a luz transcendental; fazer milagres é agir sobre agente universal e sujeitá-lo a nossa própria vontade" Eliphas Levi.

sábado, 17 de outubro de 2009

SER MÉDIUM!


SER MÉDIUM

A mediunidade é registro paranormal que se encontra ínsito na criatura humana, à semelhança da inteligência, da razão.
Todo indivíduo que, conscientemente ou não, capta a presença dos seres espirituais é portador de mediunidade, cabendo-lhe a tarefa de desdobrar os recursos parafísicos, através de conveniente educação, graças à qual se tornará instrumento responsável para o ministério superior a que a mesma se destina.
Inicialmente confundida com várias patologias, sejam de ordem mental ou orgânica a mediunidade fez-se meio de demonstrar o equívoco em que teimavam permanecer os adversários gratuitos ou os investigadores apressados.
Caracterizando uma função sempre presente no homem em todas as épocas, só a partir de Allan Kardec passou a receber estudo profundo e consideração, vindo, então, a ocupar o lugar que lhe é devido, como ponte para o intercâmbio entre os espíritos de ambos os lados da vida com aqueles que se encontram mergulhados na mesma faixa das percepções psíquicas no corpo físico.
Espontânea, surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosas ou cepticismo no qual se encontre o indivíduo.
Normalmente chama a atenção pelos fenômenos insólitos de que se faz portadora, produzindo efeitos físicos e intelectuais, bem como manifestações na área visual, auditiva, apresentando-se com gama variada conforme as diversas expressões intelectuais, materiais e subjetivas que se exteriorizam no dia-dia de todos os seres humanos.
Direcionando a observação para as ocorrências inabituais que lhe sucedam, o médium descobre um imenso veio aurífero que, penetrado brinda-o com gemas de inapreciável qualidade.
Assim como o mergulhador educa a respiração a descer nas águas profundas onde espera encontrar ostras raras, portadoras de pérolas incomuns, o médium tem o dever de disciplinar a mente a fim de aprofundar-se no oceano íntimo e dali arrancar as preciosidades que se encontram engastadas na concha bivalve das aspirações morais e espirituais.
Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por debilidade da sua constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade que se reveste.
Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
A educação ou desdobramento mediúnico objetiva ampliar o campo de realização paranormal, porquanto, através dos recursos próprios, tem a especial finalidade de instruir os homens, realizar a iluminação de consciências, facultar o ministério da caridade, pelas possibilidades que proporciona aos desencarnados em aflição de terem lenidos os sofrimentos, as mágoas, a ignorância.
A faculdade de ser médium, própria dos seres inteligentes, constitui um superior instrumento de serviços ao alcance de todos, dependendo de cada um atender-lhe a presença orgânica ou ignorá-la, apurando-lhe a sensibilidade ou perturbando-lhe o mister, deixando-a ao abandono, aí correndo riscos de ser utilizada por entidades perversas ou levianas que se encarregarão de perturbá-la, entorpecê-la ou torná-la meio de desequilíbrio para o próprio médium como para aqueles que o cercam.
Não é, portanto, o ser médium ou não, mas a conduta que este aplique que atrairá mentes que se irradiam no mesmo campo de vibrações especiais.
Swedenborg, ao perceber a presença da mediunidade, cientista e culto, cursou faculdade e dedicou-se ao seu exercício, brindando a humanidade com valioso patrimônio de sabedoria, esperança e paz.
Edgar Cayce, constatando a manifestação da mediúnica de que se tornou objeto, aplicou-se ao labor pertinente e auxiliou dezenas de milhares de pacientes que lhe buscaram o socorro..
Adolf Hitler, depois de freqüentar o Grupo Thule, de fenômenos mediúnicos, dirigido por Dietrich Eckhart, em Berlim, ensandeceu-se, e fascinado, acreditou-se a “mão da Providência”, tornando-se destruidor de milhões de vidas e responsável por males incontáveis, que ainda permanecem na Terra.
A mediunidade, em si mesma, não é boa nem má, antes, apresenta-se em caráter de neutralidade, ensejando ao homem utilizá-la conforme lhe aprouver, desse uso derivando os resultados que acompanharão o medianeiro até o momento final da sua etapa evolutiva no corpo.

ARUANDA!

ARUANDA
Estância do Astral Superior de onde se focalizam os elevados mentores do movimento umbandista do planeta, moradia da orbe da espiritualidade maior, localizada em outra dimensão fora da orbe terrestre, de beleza indescritível e de campo vibratório sereno, por causa das emanações de tranqüilidade e de paz espiritual provenientes dos habitantes. Suas paisagens, com suas matas verdejantes que emolduram os arredores, seus campos infindáveis em beleza natural, seu céu envolto por exuberantes astros que na crosta terrestre não podem ser vistos, bem como a dominante sensação de paz, tudo isso esta muito longe do entendimento comum. Uma das coisas mais magníficas existentes em Aruanda, é a aurora boreal que encanta na ilustre entrada da cidade, com vibrações azuladas como véus a balançar. De visível opulência indescritível, a cidade é protegida por extensa vegetação, com robustos pilares brancos talhados em mármore, tão belos como o da antiga Grécia, e que emolduram a entrada. Logo da entrada do portão dourado o piso de entrada da cidade é branco-marfim, com toques amarelados, parecidos com as conhecidas pedras de Cirino, encontram-se também chafarizes brancos, esculpidos em formas humanas ao estilo grego-romano da Antiguidade Clássica.
Seus habitantes são de diversas origens, a maioria apresenta-se com singelas vestimentas de cor branca e comprida até os pés, revestidas por bordas na forma de costura prateada que brilham fosforescentes.
Aruanda é um extenso território composto de diversas cidades, povos de civilizações como da extinta Atlântida, povos milenares e até mesmo alguns contemporâneos, animais domésticos e de toda a fauna, diversas moradias, templos, cachoeiras com exuberantes quedas d’água, savanas,... enfim por mais que se tente descrever, Aruanda é enormemente indescritível, tamanha a grandiosidade territorial e de beleza e paz. Aruanda é realmente o Paraíso Celestial e fazer parte dele é um mérito que somente espíritos de elevada evolução e pureza conseguem tornarem-se dignos dela.

DIVINO CRIADOR OLORUM!


DIVINO CRIADOR OLORUM

A unidade religiosa da Umbanda está em Olorum, o Divino Criador, Deus princípio de tudo. A palavra Olorum é de origem yorubá, é uma contração de Olodumaré ( Senhor do Destino ).
Olo significa senhor e Orum o além, o céu. Olorum é o Senhor
Do Céu, infinito em Si mesmo, onisciente, onipotente, onipresente, oniquerente e indivisível. Ele é em Si toda a criação e rege tudo no Universo. Deus é UM, sempre foi e sempre será, mas muitos são os nomes pelos quais Ele é conhecido. Os nomes usados por diferentes povos e religiões referem-se simplesmente aos diversos caminhos por meio dos quais Deus manifesta a Si mesmo na Criação, para cada povo com sua cultura específica.
Deus não tem um início; é princípio, meio e fim; é o Criador, o Gerador de tudo o que existe e está tanto na Sua criação como nas criaturas e nos seres que gera. Deus é vida, é o mistério , que anima e fornece os meios ideais para que nos multipliquemos em nossos filhos, que também trazem em si a capacidade de se reproduzir, pois são gerados em um meio vivo. Olorum Senhor Supremo do Destino, é infinito em tudo e também o é nas Suas Divindades, os Sagrados Orixás. Ele as gerou em Si e elas complementam-se umas às outras na sustentação da criação divina e na manutenção dos princípios que a regem, manifestando-se através dos sentidos da Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução e da Geração.
Os orixás são mistérios individualizados do Divino Criador, são Divindades, Tronos Sagrados distribuídos por toda Sua criação, são manifestações das qualidades divinas. Olorum é o todo e Suas Divindades são as partes formadas por esse todo
Cada divindade atua num campo só seu e em momento algum elas se chocam. Adorar as divindades significa adorar as qualidades de Deus. A magnitude, a grandeza infinita de Olorum, nos agracia e contempla com Suas divindades, pelas quais podemos perceber o quanto o Divino Criador é infinito em Si mesmo.
Portanto a Umbanda não é politeísta e os orixás não são deuses. Eles são divindades de Deus, são irradiações divinas que amparam os seres até que evoluam, desenvolvendo seus dons naturais , para alcançar seus fins em Deus. Deus se manifesta e se irradia em todos os níveis onde vivem os seres e as criaturas, através do Setenário Sagrado, os sete sentidos da vida, pelos quais fluem as essências divinas ( cristalina, mineral, vegetal, ígnea, aérea, telúrica e aquática ) que chegam até nós pelas vibrações mentais, sonoras, energéticas e magnéticas.
Olorum nos gerou em Seu íntimo e nos exteriorizou como Seus filhos humanos. Dotados com Sua programação genética humana, para que, através da nossa vivência, encontremos nossa forma pessoal de evolução e ascensão, pois só assim nos tornaremos em nós mesmos as Divindades humanas de Deus, o nosso Divino Criador.

Nós Vos louvamos e Vos agradecemos. Divino Criador Olorum !

Explanação sobre Pai Olorum e a doutrina

Olorum, nosso Deus, está muito acima de nossa compreensão. Ele é infinito em todos os sentidos e inefável, pois não pode se expressado ou explicado por palavras. Dar um nome a Deus é limitá-lo, pois um nome,por si só já é uma visão parcial. Aquele que transcende o entendimento comum está acima de adjetivos e nomenclaturas.
A Umbanda é uma religião espiritual, espiritualizadora e magística, cujo maior fundamento é a crença na existência de um Deus único, nosso Divino Criador, Olorum, o grande mistério. Olorum é o Criador do Universo, é o próprio princípio criador em eterno movimento. É o princípio de tudo e está em tudo o que criou.
Todas as religiões, mais ou menos elaboradas, apontam para um Criador Supremo e anterior às divindades criadas por Ele e distribuídas por toda a criação. Para nós, umbandistas, Olorum é Deus e é o princípio de tudo. Para as religiões judaica e cristã o nome de Deus é Iavé ou Jeová.
Olorum é, em Si mesmo, os princípios masculino e feminino indiferenciados porque Sua natureza divina é impenetrável, una, indivisível, indissociável. No ocidente, costumamos chamá-lo de Pai e Mãe ao mesmo tempo e muito mais.
Olorum, o Senhor do Destino, gerou em Si seus mistérios, individualizados nas divindades, os orixás, que são Tronos Sagrados distribuídos por toda sua Criação. Cada divindade é em si mesma a manifestação de uma qualidade divina, de aspecto de Deus e é , em si mesma, essa qualidade. Se em um nível da criação tudo é Uno e Olorum é a unidade original, após esse nível o que é uno começa a nos mostrar a dualidade macho-fêmea, ativo-passivo, irradiante-concentrador, positivo-negativo, etc.

Como exemplo da unidade de Olorum, individualizada nos seus orixás, temos:

- Oxalá, mistério da fé, qualidade congregadora, oniquerência de Olorum.
- Ogum, mistério da ordenação, a onipotência de Olorum.
- Oxossi, mistério do conhecimento, qualidade expansora, a oniciência de Olorum.
- Xangô, mistério da justiça, qualidade equilibradora de Olorum.
- Oxum, mistério do amor, qualidade conceptiva de Olorum
- Obá, mistério do conhecimento, qualidade concentradora de Olorum.
- Iansã, mistério da Lei, qualidade direcionadora de Olorum.
- Oxumaré, ( orixá masc.) mistério do amor, qualidade diluidora e renovadora de Olorum.
- Obaluaiê, mistério da evolução, qualidade evolucionista de Olorum.
- Omolu, mistério da vida, qualidade estabilizadora de Olorum.
- Iemanjá, mistério da vida, qualidade geradora criativista de Olorum.
- Nanã Buruquê, mistério da evolução qualidade racionalizadora de Olorum.
- Oyá Tempo, mistério da religiosidade, qualidade condutora de Olorum.
- Egunitá ( orixá feminino do fogo ), mistério da justiça, qualidade purificadora de Olorum.
- Guardião, qualidade vitalizadora de Olorum.
- Dama, qualidade estimuladora de Olorum.

Olorum está em todas as Suas divindades e em cada uma delas encontramos Sua presença e cada uma delas pode nos conduzir à Ele, pois cada orixá é uma via, um caminho, até o Divino Criador. Nós , umbandistas, devemos centrar nossa religiosidade, nossas preces, clamores e votos, nos sagrados orixás, assim como o cristão e o budista dirigem-se a Jesus ou a Buda. Não somos idólatras nem politeístas e não procedemos de forma diferente de outras religiões, pois cultuamos Deus Olorum.
Nossa origem e destino está em Deus, pois somos centelhas emanadas Dele. Em nossa jornada evolutiva desenvolvemos o instinto, a intuição, os sentidos, a consciência e o livre-arbítrio, para que retornemos a Ele de forma consciente. O poder de realização de Deus em nós, e por nós, também é ilimitado. O único limite é limite humano de cada um, que pode ser ampliado com sua evolução e ascensão. A nós compete, em nossa caminhada evolutiva, equilibrar essa herança divina e desenvolve-la, ampliando o poder de realização Divina em nossas vidas.
Não podemos penetrar na essência do Principío Criador, mas podemos senti-la pulsando em nós mesmos, por intermédio do verdadeiro amor ao Criador. Quem O ama de verdade, não O ofende com a ignorância a respeito de Sua natureza. Não importa como O cultuamos, mas importa realmente que O amemos e respeitemos como parte de Sua criação, do Seu todo.
Irmão umbandista, não se sinta inferiorizado porque o nome de seu Deus é Olorum. Ame-O com todo seu amor; cultue-O com toda a sua fé; louve-O com todo seu ardor; respeite-O com toda a sua reverência; ensine-O aos mais novos com todo o seu saber; manifeste-O no seu virtuosismo porque todas as virtudes derivam Dele.